Leia o que esperar para a Lua Cheia em Aquário do dia 19 de agosto de 2024. Esse momento vem marcado com vários trânsitos astrológicos tensos, como Júpiter em quadratura com Saturno, trazendo um possível desdobramento para a Grande Conjunção de 2020.
A Lua Cheia em Aquário do dia 19 de agosto de 2024 marca o ápice do acúmulo de energias conflitantes desse mês que até agora não tem sido nada fácil. Aquário é um signo social, que desafia o individual, puxando a nossa atenção para o coletivo da realidade, exigindo também medidas que sejam sustentáveis ao longo do tempo. Saturno, que durante a semana já foi ativado por quadratura com Marte no dia 16/08, recebe no dia 19/08 as energias de Vênus em Virgem por oposição e Júpiter em Gêmeos por quadratura. Se vocês prestarem bem atenção, tem muitas coisas sendo ativada agora no céu, envolvendo todos os signos de alguma forma, o que chama atenção mais para a coletividade do que o nosso individual.
Júpiter e Saturno sempre que se encontram no céu em ângulos de tensão acabam sendo marcadores de mudanças sociais. Em 21 de dezembro de 2020 houve a Grande Conjunção entre esses planetas no signo de Aquário. Júpiter agora em Gêmeos, signo de Ar como Aquário, traz à tona a comunicação simplificada e de massas, a ideia rápida, a conversa fiada, o acúmulo de estímulos e ideias que parecem que vão mudar as nossas vidas mas acabam sendo na maioria passageiras. Júpiter está em signo de trígono com o ponto da Grande Conjunção de 2020, o que traz um novo capítulo sobre comunicação, tecnologia, poder e grandes coletivos sociais. Porém, Gêmeos é o signo de exílio de Júpiter, o que tem causado muitos transtornos, especialmente para as pessoas que usam a informação para fins não muito lícitos nem justos. Tenho dito pelas redes sociais que esse trânsito de Júpiter pode ser bem complicado para as pessoas que já tem uma visibilidade pública, porque expõe os seus problemas, desvios, esquemas e tentativas de golpe ao poder. Além disso, o ponto da Grande Conjunção tem sido ativado nesse ano por Plutão, o que tem desenraizado segredos de grandes estruturas, empresas e pessoas públicas. Um dos temas da Grande Conjunção pode ser o salto tecnológico, mas também pode ser as tentativas de derrubada do poder estabelecido em favorecimento de uma mentalidade fechada, dominadora, poderosa porque tem influência e dinheiro, além de colocar a tecnologia e os meios de comunicação como um dos meios para atingir esses objetivos.
Quando se dá um acúmulo desses no céu, a parte individual parece a ponta solta do esquema. Como que isso tudo vai me afetar? Como Júpiter, Vênus e Saturno, todos em movimento de quadratura ou oposição entre si em período de Lua Cheia, estão em signos mutáveis, um dos efeitos individuais são as mudanças, as ideias, a ansiedade, o pensamento volátil que – novamente – tem muita dificuldade de ir para frente. E por que? Signos mutáveis tem a ânsia da transformação. Ecléticos incorrigíveis, a gangue dos mutáveis gosta de estar vivo, e para viver o que a vida tem para oferecer é preciso uma dose de adaptação. É por isso que eles são conhecidos por não conseguirem terminar suas tarefas básicas, porque estão sempre pulando de uma coisa para a outra. Mercúrio, agora retrógrado no céu e com um novo ciclo sinódico já iniciado no momento da Lua Cheia, rege dois dos mutáveis (Gêmeos e Virgem), enquanto Júpiter rege os outros dois (Sagitário e Peixes). Pela condição planetária dos dois nesse momento, o individual está repleto de confusão, desentendimento, desesperança, falta de interesse, falta de energia para cumprir metas e desatenção.
Quando a gente enfrenta uma chuva na rua, a única coisa que a gente pode fazer é cobrir a cabeça com um guarda-chuva, ou buscar um abrigo em algum local coberto. Ainda assim vamos nos molhar, mesmo que seja pouco, sabendo que estamos em um momento de deslocamento e ainda não chegamos em casa. A semana será isso, um temporal de palavras cruzadas e de ações tempestuosas que terão a iluminação de um fósforo recém acesso, para logo apagar e perder a utilidade.
A Lua Cheia é um dilema para as sociedades patriarcais e machistas. Vista com receio, a Lua em oposição ao Sol é entendida como o momento para se perder a cabeça. Emoções exaltadas e transbordamentos são comuns nesses dias, assim como os acidentes. Dizem as más línguas que receber a luz do luar cheio pode deixar alguém louco. Mas será que sempre foi assim? Se nós trabalhamos com o lado feminino da nossa psiquê (que todos tem, porque feminino não é apenas gênero ou genital) respeitando sua excentricidade de existência e o tempo interno de conhecimento sobre o que é esse feminino interno em primeiro lugar, a Lua Cheia pode ser um período de descanso, lucidez, libertação. A Lua na sua máxima visibilidade expõe, nos mostra o que deve ser visto. É preciso abraçar esses momentos, porque essa visão só pode ser libertadora para quem é forte de espírito para ver.
Lembra dos ecléticos incorrigíveis? A Lua Cheia de agora acontece no signo fixo de Aquário, com toda essa energia mutável pairando no ar. Aquário é, perdoem os aquarianos, o signo fixo mais teimoso de todo o zodíaco. Talvez esteja aí algo que precisa ser entendido em termos individuais: essa Lua Cheia nos mostra o nosso núcleo duro, a nossa essência, algo que mesmo depois de toda a adaptação se mantém imutável. Porém, o nosso núcleo duro é uma parte de nós, mas não o todo. É preciso trazer maleabilidade para a dureza Aquariana. O excesso do ideal e da razão faz com que Aquário siga sempre o que a sua cabeça diz, independente da indicação, conselho, ordem ou necessidade que peça para Aquário fazer de outro jeito. O ideal é tão forte que Aquário prejudica muito a si mesmo, porque não consegue abrir mão de ser aquele decide em última instância o que vai fazer. O que você sabe que precisa fazer diferente mas não consegue? Você percebe que tem muita teimosia sua envolvida nisso? O ideal é ótimo, mas sem maleabilidade ele se volta contra nós. O excesso de energia mutável vem pedir mudança, limites, aprender a dizer não de maneira clara e não apenas ignorar o que você não quer lidar como se o problema não existisse. O momento é sobre aprender a negociar com o chefe do nosso cativeiro, e ter a humildade de reconhecer que o chefe do cativeiro muitas vezes somos nós mesmos.
Astróloga e taróloga.